sábado, 31 de março de 2012

Remédios distribuídos pelo Ministério da Saúde terão nova embalagem

Os medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde receberão nova embalagem. Dentro de seis meses, todas as empresas, publico e privadas, que comercializarem com o governo federal deverão adotar um novo modelo visual para as caixas, nas cores verde e branco.

As modificações incluem maior destaque ao nome do princípio ativo e ao símbolo do SUS (Sistema Único de Saúde).

Desde 2002 as embalagens dos medicamentos distribuídos pelo ministério já seguem um padrão diferente das comercializadas no mercado, e levavam as cores branco e azul.

A medida foi publicada nesta quinta-feira, no Diário Oficial da União, em uma nova resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Novas embalagens dos medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde

De acordo com o diretor-presidente da agência, Dirceu Barbano, a embalagem anterior recebeu diversas críticas, tanto de pacientes em tratamento, quanto dos profissionais de saúde. "Havia muita informação nas embalagens, era muito poluído. Agora há menos palavras escritas. Quem usa muitos remédios em um mesmo dia poderia fazer confusão. Não é uma mudança estética apenas", afirmou.

A nova regra também deve minimizar a venda clandestina de medicamentos. "Já houveram muitos episódios no SUS de problemas como esse, ainda que já houvesse nessas caixas uma indicação de que o produto não poderia ser vendido", completou Barbano.

As secretarias municipais e estaduais que tiverem interesse em licitar medicamentos -- seguindo o novo modelo de rotulagem -- poderão fazê-lo. No entanto, não será uma medida obrigatória, como é no caso dos medicamentos distribuídos pelo Ministério da Saúde.

As licitações que já foram concluídas e os remédios que ainda estão sendo distribuídos poderão continuar em circulação.

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 21 de março de 2012

Reajuste dos remédios ameaça acordo coletivo

Medicamentos vendidos no Brasil terão reajuste de -0,25% a 5,85%, segundo resolução publicada ontem no Diário Oficial. A variação leva em conta o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre março de 2011 e fevereiro de 2012 e a competitividade de cada remédio no mercado, avaliada pelo nível de participação de genéricos nas vendas. As alterações deverão ser feitas até o dia 31 de março e terão de ser mantidos até março de 2013.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) critica o reajuste negativo de 0.25% que, segundo a entidade, atingirá 48% dos medicamentos disponíveis. "Como as margens do setor estão se reduzindo ano a ano, graças a um reajuste de preços abaixo do reajuste de custos, nos preocupa como serão afetados investimentos e lançamentos de novos produtos", diz o vice-presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Segundo ele, frete, eletricidade, embalagens, insumos e armazenagem pressionam os resultados do setor. Além disso, na atual negociação da convenção coletiva de trabalho, as centrais sindicais estão reivindicando aumento real de 5% a 6%. "De 2006 a 2011 os salários subiram 43%, contra um reajuste médio de 26% dos medicamentos. Diante do reajuste nega negativo para 48% dos medicamentos, a indústria não terá condição de arcar com os custos da convenção coletiva", avalia.

Fonte: Sindusfarma