terça-feira, 27 de agosto de 2013

AstraZeneca compra empresa nos EUA

Valor de compra de empresa de biotecnologia pode chegar a US$500 milhões

AstraZeneca

A farmacêutica AstraZeneca Plc deu mais um passo para reforçar o lançamento de novos medicamentos para câncer nesta segunda-feira ao adquirir a empresa norte-americana de biotecnologia Amplimmune por um valor que pode chegar a 500 milhões de dólares.

O acordo é o segundo a ser anunciado dentro de um intervalo de 24 horas no segmento de medicamentos contra o câncer, seguindo a compra da Onyx Pharmaceuticals pela Amgen por cerca de 10,4 bilhões de dólares.

A Amplimmune é especializada no desenvolvimento de tratamentos destinados a ajudar o sistema imunológico a combater o câncer. Com a compra da companhia, a AstraZeneca ganhará acesso a uma série de compostos em fase de desenvolvimento pré-clínico.

Apesar de a investida não implicar na produção de medicamentos comercialmente viáveis por vários anos, ela se encaixa na estratégia da farmacêutica britânica de desenvolver capacidades próprias em oncologia, identificada como área-chave pelo presidente-executivo da empresa, Pascal Soriot.

A MedImmune, unidade de biotecnologia da AstraZeneca, vai adquirir 100 por cento das ações da Amplimmune por um valor inicial de 225 milhões de dólares, com o pagamento de outros 275 milhões de dólares condicionado ao alcance de metas predeterminadas.

Fonte: Exame.com

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Eli Lilly diz estar preocupada com acusações de suborno

Farmacêutica norte-americana disse estar preocupada com as alegações publicadas num jornal chinês sobre pagamento de mais de 30 milhões de iuanes em subornos

Unidade da Eli Lilly Nos Estados Unidos

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly disse estar profundamente preocupada com as alegações publicadas num jornal chinês sobre pagamento de mais de 30 milhões de iuanes (4,9 milhões de dólares) em subornos para que médicos prescrevessem medicamentos da empresa em vez de produtos de rivais.

Um ex-gerente sênior da empresa, identificado pelo pseudônimo Wang Wei, disse ao 21st Century Business Herald que o suborno e os pagamentos ilegais feitos pela companhia em operações na China foram generalizados, segundo noticiou o jornal nesta quinta-feira.

A Eli Lilly é a terceira farmacêutica estrangeira a enfrentar acusações publicadas no jornal neste mês. Os relatos coincidem com múltiplas investigações chinesas sobre o setor, abrangendo corrupção na precificação dos remédios.

A matéria disse que os 30 milhões de iuanes em subornos foram pagos durante cerca de um ano, entre 2011 e 2012.

A Eli Lilly afirmou em comunicado enviado por email à Reuters que estava analisando o assunto.

"Embora não tenhamos sido capazes de verificar essas alegações, nós as levamos a sério, e vamos continuar nossa investigação", disse o comunicado.

A empresa dos EUA disse que havia sido informada de "acusações semelhantes" acerca de propinas em 2012, por um ex-gerente de vendas. A companhia afirmou que abriu uma investigação na época, envolvendo entrevistas com a equipe, monitoramento de emails e auditorias nas despesas.

Fonte: Exame.com

sábado, 17 de agosto de 2013

Brasil Pharma vê lucro cair quase 70% no 2º trimestre

Novo logotipo e nova marca da Rede Brasil PharmaA companhia de varejo farmacêutico Brasil Pharma registrou uma forte queda no lucro líquido ajustado no segundo trimestre, de 67,6 por cento ante igual período de 2012, totalizando 7,86 milhões de reais

Segundo a empresa, o número foi ajustado para excluir despesas não recorrentes, além de amortização de ponto e marca e efeito de imposto de renda.

A companhia não comentou notícia recente sobre negociação para fusão com distribuidora de medicamentos, afirmando em comunicado separado que "nada tem a declarar nesse sentido".

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou 48,42 milhões de reais no período, alta de 4,5 por cento sobre um ano antes, com a margem caindo de 6,2 para 5,7 por cento.

O resultado financeiro ficou negativo em 15,3 milhões de reais no segundo trimestre, recuo de 24,6 por cento sobre o número de um ano antes.

A receita bruta, por sua vez, subiu 13,2 por cento, para 845,42 milhões de reais.

A companhia encerrou o segundo trimestre com base de 1.160 lojas, após abertura de 25 lojas próprias e 27 franquias no período.

A empresa fechou 7 lojas no período e informou que estima encerrar operações em 25 a 30 lojas em 2013, direcionando esforços para Centro-Oeste, Norte e Nordeste, regiões com maior crescimento de consumo.

A Brasil Pharma afirmou que espera concluir a integração da rede Big Ben em 2014 e que está testando sistema de gestão integrado de lojas, o que, aliado a ações como compra diretas junto à indústria, tem penalizado as vendas.

Fonte: Exame.com

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Brasil Pharma, do BTG, pode anunciar fusão com distribuidora

A Brasil Pharma, braço de varejo farmacêutico do BTG Pactual, pode unir suas operações com uma grande distribuidora de medicamentos e já mantém conversas com pelo menos três companhias da área: a Profarma, a PanPharma e a Santa Cruz. As informações são do jornal Valor Econômico, desta quarta-feira.

De acordo com a reportagem, ainda não foi definido em que formato se dará a fusão, mas até uma nova companhia pode surgir com a operação. As negociações agora estão na fase de estudo para saber quais das três empresas trariam mais vantagens e sinergias para as operações da Brasil Pharma.

O negócio, independente da escolha da distribuidora, deve criar a maior rede de varejo e distribuição de medicamentos do país, com faturamento que superará a cifra de 7 bilhões de reais, disse o Valor.

Fonte: Exame.com

domingo, 11 de agosto de 2013

Escândalo sobre estudos japoneses com medicamentos atinge Novartis

A gigante farmacêutica suíça Novartis enfrenta um problema de peso no Japão, seu segundo maior mercado, onde pesquisadores têm retratado estudos que apregoavam os benefícios do medicamento mais popular da companhia.

Duas investigações lideradas por universidades relacionadas a pesquisas com a Novartis apontam que dados foram alterados. A farmacêutica nega o envolvimento nas alegadas distorções de pesquisa e sustenta a eficácia de seu campeão de vendas, o Diovan, para problemas cardíacos.

Pelo menos oito hospitais japoneses disseram que vão parar de prescrever a medicação na esteira da controvérsia. “É moralmente problemático continuar a usar uma droga que está enfrentando questionamentos sobre os efeitos que provoca”, disse um diretor de hospital de Tóquio, em uma declaração pública.

“Pedimos desculpas por provocar uma situação que poderia abalar a confiança na pesquisa do Japão e pela realização de campanhas” do Diovan que citam as pesquisas com falhas, disse em entrevista coletiva o presidente da subsidiária japonesa da Novartis, Yoshiyasu Ninomiya.

Nos Estados Unidos, o escândalo parece ter tido um efeito limitado. Médicos cardiologistas dizem que o Diovan é uma droga amplamente utilizada para a redução da pressão arterial e tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca, bem como sobreviventes de ataques cardíacos. “Não há nenhuma razão para parar de usar a droga em pacientes adequados”, disse Steven Nissen, presidente da medicina cardiovascular da Clínica Cleveland.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Estratégia de negócios dos laboratórios é revista

As indústrias farmacêuticas nacionais querem reduzir sua dependência do segmento de genéricos. As perspectivas de crescimento nesse mercado já estão atingindo o seu limite, uma vez que o volume de patentes de produtos de referência considerados "blockbusters" (campeões de venda) está em declínio.

A estratégia das empresas com maior portfólio nesse setor está sendo revista, apurou o Valor. A diversificação é a saída encontrada pela maioria dessas companhias para garantir maior rentabilidade ao seu negócio.

O laboratório EMS, maior produtor de genéricos de capital nacional, iniciou nos últimos meses uma reestruturação para realinhar sua estratégia. Os genéricos vão continuar no portfólio da companhia, mas deverão ter menor participação no faturamento do grupo nos próximos anos. Esse reposicionamento não reflete exatamente uma saturação desse mercado - ainda há muito espaço para crescer no país -, mas as margens até então consideradas atraentes deverão se achatar nos próximos anos.
 
"As empresas mais diversificadas sentem menor impacto porque também trabalham com medicamentos de marca, os chamados similares, e com produtos de referência [com patente]", afirmou uma fonte de mercado.
 

O Valor analisou o balanço de cinco empresas farmacêuticas brasileiras, todas de capital fechado. Duas delas, a EMS e a Teuto, têm sua produção com maior foco em genéricos. As outras três - Eurofarma, Aché e União Química - trabalham com uma percentagem maior de medicamentos similares, e parte delas também investe na busca de produtos inovadores.

No ranking feito pela consultoria IMS Health (ver ao lado), uma referência no setor, a base é o faturamento bruto, o que não representa a fotografia exata da situação das empresas.

"A receita bruta dá a dimensão do tamanho da empresa, mas o que interessa para o setor são as vendas líquidas, que consideram a receita efetiva, incluindo os descontos concedidos aos medicamentos", afirmou uma fonte.

No ano passado, as indústrias farmacêuticas movimentaram R$ 49,7 bilhões no país, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a IMS Health. As vendas somente de genéricos ficaram em R$ 11,2 bilhões.

A EMS, que lidera o ranking da IMS Health com faturamento de R$ 4,06 bilhões, encerrou 2012 com receita líquida de R$ 1,92 bilhão, aumento de 9,7% sobre igual período do ano passado. A companhia registrou uma queda no lucro líquido de 30,7%, para R$ 269,4 milhões.

Os planos da EMS para deixar de ser uma empresa produtora de genéricos para partir para inovação começaram a ser traçados há cinco anos por Carlos Sanchez, controlador do grupo. A companhia já colocou no mercado o medicamento Patz, indutor de sono, fruto de inovação incremental (medicamento novo com patente desenvolvida a partir de um princípio ativo já conhecido). Outros projetos nesse mesmo sentido estão em desenvolvimento.

Vendas do setor atingiram R$ 49,7 bilhões no país em 2012, um crescimento de 16% em relação a 2011

A farmacêutica tem duas unidades em operação - em Hortolândia (SP) e São Bernardo do Campo (Grande ABC). E deverá inaugurar três novas unidades, das quais duas voltadas para produção de medicamentos não genéricos.

Todas as empresas analisadas pelo Valor Data apresentaram aumento dos custos. O único ponto fora da curva foi o laboratório Teuto, cujo 40% de seu capital pertence à multinacional americana Pfizer.

Os custos com produção recuaram em 5,1% no ano passado, para R$ 214,2 milhões, por conta de uma redução no que a empresa chama de gastos gerais de fabricação - apesar de o custo de materiais e de mão de obra terem subido como aconteceu nas concorrentes.

Marcelo Henriques Leite, presidente-executivo da companhia instalada em Anápolis (GO), explicou que 2012 foi um ano de reestruturação. "Percebemos que o mercado está mudando. Adquirimos máquinas, contratamos gente e fechamos algumas linhas de produção. Estamos nos adaptando aos requisitos da Pfizer", disse.

No ano passado, a farmacêutica encerrou com receita líquida de R$ 366,9 milhões, recuo de 3,3%. A queda do lucro líquido da companhia de 90,7%, para R$ 4,9 milhões, é reflexo dessa reestruturação, afirmou o executivo, que prevê resultados melhores para os próximos anos.

As empresas com maior foco em medicamentos de marca também apresentaram forte elevação em suas despesas com vendas, atreladas às equipes de propagandistas que visitam médicos para a divulgação dos produtos. Os laboratórios Aché, Eurofarma e União Química figuram nessa lista.

Na Eurofarma, a segunda maior em receita líquida, com R$ 1,64 bilhão, alta de 14,2% sobre 2011, as despesas com vendas cresceram 13%, compensadas contabilmente com reversão de provisões de contingência e recuperação de INSS.

A companhia encerrou 2012 com lucro líquido de R$ 155,6 milhões, elevação de 446% em relação a 2011.

O endividamento é uma preocupação (dívida financeira líquida sobre o patrimônio líquido chega a quase 90%), como reflexo em boa parte da aquisição de uma fábrica de soro, a Segmenta, em 2011, e investimentos no complexo industrial do grupo em Barueri (Grande São Paulo). Os investimentos da companhia em aquisições fora do país - a empresa tem laboratórios em parte da América do Sul e América Central - foram feitos com recursos próprios.

A empresa informou, por meio de um porta-voz, "tem um nível de endividamento considerado saudável para a organização, que cumpre totalmente as exigências de grandes bancos, e o recurso captado foi usado para financiar P&D [pesquisa e desenvolvimento] e aquisições".

O Aché, terceira maior no ranking, com um portfólio mais diversificado, é a que apresenta melhor margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Das cinco analisadas, a empresa é a única que não tem dívida, pelo contrário, possui excesso de caixa.

Nos últimos anos, o Aché tentou abrir seu capital, mas não levou o projeto adiante por conta das incertezas do mercado. E, nos últimos meses, a empresa foi colocada à venda, embora a companhia não confirme a informação. "O ativo interessa muito às grandes multinacionais, mas os valores pedidos [cerca de 25 vezes o Ebtida] pelos controladores, torna a compra proibitiva", disse uma fonte.

A União Química reportou no ano passado receita líquida de R$ 467,9 milhões, alta de 18,7% em relação a 2011. O lucro líquido da companhia cresceu 12%, para R$ 31,7 milhões. O Ebtida ficou em R$ 60,2 milhões, alta de 5,6%. Mas os seus custos com produtos vendidos cresceram 24,2%, para R$ 204,8 milhões. egundo Ronaldo Valentini, diretor administrativo e financeiro da União Química, o aumento dessas despesas faz parte da estratégia da companhia de elevar as vendas. "Faz parte do nosso planejamento crescer 20% ao ano, meta que foi traçada de 2012 até 2016. Para alcançar esse objetivo, tivemos que investir em força de venda", afirmou o executivo.

Fonte: Valor Econômico

Bayer alerta sobre expectativas ambiciosas

Meta de lucro para o ano tornou-se mais desafiadora, à medida que mercados de plásticos e de produtos químicos limitam crescimento das vendas

Bayer na Alemanha

A Bayer, maior farmacêutica da Alemanha, alertou que sua meta de lucro para o ano inteiro tornou-se mais desafiadora, à medida que mercados de plásticos e de produtos químicos mais complicados limitam o crescimento das vendas de novos produtos farmacêuticos.

"Nós estamos mantendo nossa expectativa atual para 2013, mesmo que pareça mais ambiciosa", disse o presidente-executivo, Marijn Dekkers, em um comunicado.

A Bayer disse que suas três novas drogas farmacêuticas, a Xarelto para prevenção de derrames, Eylea para olhos, e Stivarga para tratamento do câncer, teriam uma receita combinada de cerca de 1,4 bilhão de euros neste ano, ante a expectativa anterior de 1 bilhão de dólares.

O grupo confirmou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teria um crescimento médio de um dígito percentual em 2013.

No segundo trimestre, o Ebitda da empresa subiu para 2,2 bilhão de euros, levemente acima das expectativas em uma pesquisa da Reuters.

Fonte: Exame.com