terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pfizer tem lucro acima das expectativas no 3º trimestre

Ransdell Pierson, da 

Maior farmacêutica dos Estados Unidos disse que lucrou 2,59 bilhões de dólares, ou 0,39 dólar por ação, no trimestre

Pílulas do remédio Lipitor, da Pfizer

A Pfizer divulgou nesta terça-feira um resultado melhor que o esperado do terceiro trimestre, ajudada por corte de custos e alta nas vendas de remédios contra câncer aprovados recentemente.

A maior farmacêutica dos Estados Unidos disse que lucrou 2,59 bilhões de dólares, ou 0,39 dólar por ação, no trimestre, comparados com 3,21 bilhões de dólares, ou 0,43 dólar por papel, um ano antes.

Excluindo itens especiais, a Pfizer teve lucro de 0,58 dólar por ação. Analistas esperavam em média ganho de 0,56 dólar por papel, segundo a Thomson Reuters I/B/E/S.

As vendas globais da empresa caíram 2 por cento, para 12,64 bilhões de dólares, prejudicadas pela competição de genéricos do Lipitor, contra colesterol, e outros remédios. Wall Street esperava vendas de 12,7 bilhões de dólares.

As vendas dos remédios de oncologia saltaram 24 por cento no trimestre, para 407 milhões de dólares, em contraste com a queda nas vendas da linha de cuidados especiais e medicamentos de cuidados primários da Pfizer.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Lucro líquido da Novartis recua 6% no terceiro trimestre

Por Marcelo Ribeiro Silva, do Estadão

Os ganhos da farmacêutica suíça chegaram a US$ 2,26 bilhões entre julho e setembro, de US$ 2,41 bilhões no mesmo período de 2012

imageA Novartis anunciou que teve queda de 6% no lucro líquido atribuível aos acionistas no terceiro trimestre deste ano em comparação com mesmo período do ano passado.

Os ganhos da farmacêutica suíça chegaram a US$ 2,26 bilhões entre julho e setembro, de US$ 2,41 bilhões no mesmo período de 2012. Os analistas consultados pela Dow Jones Newswires esperavam lucro líquido de US$ 3,22 bilhões.

Por outro lado, as vendas líquidas da empresa avançaram 4% no terceiro trimestre, para US$ 14,33 bilhões, contra US$ 13,80 bilhões entre julho e setembro do ano passado. Os analistas previam que as vendas liquidas somariam US$ 14,31 bilhões no período. Fonte: Dow Jones Newswires.

Teva cortará 5.000 empregos para economizar US$2 bi por ano

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Maior fabricante mundial de medicamentos genéricos disse que espera economizar quantia até o final de 2017

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A Teva Pharmaceutical vai cortar cerca de 5.000 empregos, representativos de 10 por cento da sua força de trabalho, acelerando um plano de corte de custos à medida que se prepara para a competição para seu medicamento mais vendido.

Maior fabricante mundial de medicamentos genéricos, a Teva disse que espera economizar 2 bilhões de dólares por ano até o final de 2017.

O remédio para esclerose múltipla da farmacêutica, Copaxone, responde por cerca de 20 por cento das vendas e 50 por cento do lucro da empresa. Mas a droga poderá enfrentar a concorrência de rivais no próximo ano.

Em agosto, um tribunal de apelações dos Estados Unidos invalidou algumas patentes que poderiam levar a versões genéricas de Copaxone a partir de maio de 2014, um ano mais cedo que o esperado. A Teva planeja recorrer.

O anúncio de cortes da empresa israelense é o mais recente entre os que foram feitos por grandes farmacêuticas envolvendo redução de custos. Na semana passada, a Merck & Co disse que iria cortar os custos operacionais anuais em 2,5 bilhões de dólares e eliminar 8.500 empregos, ou mais de 10 por cento de sua força de trabalho global.

Outras companhias, incluindo a Pfizer, AstraZeneca e Sanofi, também reduziram o número de funcionários nos últimos anos devido à desaceleração das vendas, frequentemente afetadas pela concorrência com medicamentos genéricos mais baratos --muitos dos quais feitos pela Teva.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Roche investirá US$880 mi em produção e criar 500 empregos

Expansão mostra confiança da Roche em seu portfólio e contraria a tendência de redução de custos por parte de algumas grandes farmacêuticas

Roche

A farmacêutica suíça Roche irá investir 800 milhões de francos suíços (880 milhões de dólares) em suas instalações de produção globais ao longo dos próximos cinco anos, criando 500 postos de trabalho, conforme se prepara para a crescente demanda por seus medicamentos biológicos.

A maior fabricante mundial de medicamentos contra o câncer, que emprega cerca de 80.000 pessoas em mais de 100 países, disse nesta segunda-feira que o investimento aumentaria sua capacidade de produção em Penzberg, na Alemanha, na Basiléia, na Suíça, e em Vacaville e Oceanside, nos Estados Unidos.

A expansão mostra a confiança da Roche em seu portfólio de novos medicamentos contra câncer e contraria a tendência de redução de custos por parte de algumas grandes farmacêuticas nas últimas semanas, em resposta à desaceleração do crescimento das vendas.

Na semana passada, a israelense Teva, maior fabricante mundial de medicamentos genéricos em vendas, disse que vai cortar 5.000 empregos, enquanto a Merck & Co planeja reduzir os custos operacionais anuais em 2,5 bilhões de dólares e eliminar mais de 10 por cento de sua força de trabalho.

Muitos dos medicamentos mais promissores da Roche, como o tratamento da artrite RoActemra e os novos remédios contra câncer de mama Kadcyla e Perjeta são biológicos, que ao contrário de drogas químicas são proteínas ou células derivadas de organismos vivos que são difíceis de replicar.

A Roche disse que vai investir cerca de 260 milhões de francos suíços (286 milhões de dólares) nas unidades de Vacaville e Oceanside, criando cerca de 250 novos empregos. Em Penzberg, a empresa vai investir cerca de 350 milhões de francos suíços (385 milhões de dólares), criando cerca de 200 postos de trabalho.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Merck vai demitir 8,5 mil pessoas em dois anos

Por Valor Econômico - Andrew Jack - Financial Times, de Londres

A companhia farmacêutica americana Merck deverá demitir um quinto de sua força de trabalho dentro de dois anos, ao buscar estreitar o foco de seus negócios e reduzir os custos operacionais anuais em US$ 2,5 bilhões.

A empresa disse ontem que planeja uma nova redução, de 8,5 mil funcionários, de um total global de 81 mil - uma decisão que se soma aos 7,5 mil cortes de postos de trabalho anunciados anteriormente -, e deverá assumir encargos entre US$ 2,5 bilhões e US$ 3 bilhões para cobrir os custos da reestruturação.

Num momento em que está empenhada em manter sua reputação de líder inovadora no setor farmacêutico, a Merck disse que deverá concentrar-se em 10 "mercados prioritários". Ela irá concentrar-se em vendas nos EUA, Japão, França, Alemanha, Canadá, Reino Unido, China, Brasil, Rússia e Coreia do Sul.

A empresa, com sede em Nova Jersey, também pretende concentrar suas pesquisas em um leque mais estreito de áreas terapêuticas, aquelas com "maior potencial de crescimento", como oncologia, diabetes, cuidados hospitalares agudos e vacinas.

A decisão foi tomada em meio a crescentes pressões dos investidores para que a companhia crie novas medicações para substituir seus atuais medicamentos mais vendidos, como o Januvia, para diabetes, que sofrem a concorrência de genéricos à medida que suas patentes vão expirando.

A Merck demorou para pesquisar terapias biológicas baseadas em "grandes moléculas" e observadores do setor disseram que a empresa ficou atrasada em relação a suas rivais na formação de parcerias e alianças externas para ajudar a melhorar sua produtividade.

Kenneth Frazier, presidente-executivo da Merck, disse: "Essas medidas tornarão a Merck mais competitiva, mais bem posicionada para impulsionar inovações e vender de forma mais eficaz os medicamentos e vacinas para as pessoas que deles necessitam."

A companhia disse que os cortes foram concebidos para torná-la mais ágil no desenvolvimento de medicamentos. O enxugamento de pessoal afetará os departamentos de marketing e de administração, bem como pesquisa e pessoal envolvido em desenvolvimento.

Respondendo à cobrança, pelos investidores, de retornos em dinheiro, a Merck comprometeu-se a usar as economias resultantes do programa para manter um nível elevado de pagamento de dividendos e recompras de ações.

A Merck realizou uma série de mudanças em suas operações de pesquisa para aumentar a produtividade, neste ano, ao nomear Roger Perlmutter, ex-alto executivo da Amgen, para diretor de pesquisas, em substituição a Peter Kim, que ocupava o cargo desde 2003.

Andrew Baum, analista do Citi, avalia que a decisão da Merck vem na esteira de "um ano difícil" e deverá elevar moderadamente sua estimativa para o valor presente líquido da companhia. "A Merck é atualmente retardatária, em relação a suas concorrentes, na externalização das atividades de P&D e a decisão anunciada hoje [ontem] é um passo positivo para corrigir esse descompasso."

GSK pedirá autorização para vacina contra malária

O grupo farmacêutico britânico GSK anunciou que solicitará autorização científica europeia para sua vacina contra a malária, destinada a crianças da África

A sede da companhia farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK)

O grupo farmacêutico britânico GSK anunciou nesta terça-feira que solicitará autorização científica europeia para sua vacina contra a malária, destinada a crianças da África subsaariana, depois de testes que considerou "promissores".

Várias vacinas contra a malária - doença transmitida por mosquitos que mata 655.000 pessoas por ano, sobretudo crianças africanas com menos de cindo anos - estão sendo desenvolvidas. A elaborada pela GSK, chamada "RTS,S", é a mais avançada.

A empresa britânica anunciou em conjunto com o grupo Malaria Vaccine Initiative (MVI, apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates) os primeiros resultados do teste avançado, chamado de fase 3, destinado a mais de 15.000 crianças, em uma conferência sobre a malária em Durban (África do Sul).

"A eficácia da vacina foi de 46% para as crianças mais jovens (de 5 a 17 meses durante a primeira vacinação) e de 27% para os bebês de 6 a 12 semanas na primeira vacinação, ao longo dos testes realizados durante 18 meses", declarou à AFP o principal coordenador do teste, dr. Lucas Otieno (do Kenya Medical Research Institute/Walter Reed Project).

Otieno considerou "promissores os resultados obtidos até agora".

"Os testes continuam e nós esperamos ter em 2014 mais informações sobre a proteção a longo prazo (fornecidas pela vacina). Também avaliaremos a incidência de uma dose de reforço administrada 18 meses depois da vacinação", explicou.

A GSK pretende solicitar em 2014 a opinião científica da Agência Europeia do Medicamento para a vacina desenvolvida especialmente para as crianças da África subsaariana, e não para ser comercializada na Europa.

Em caso de opinião favorável, a Organização Mundial da Saúde (OMS) poderia recomendar a vacina em 2015, o que abriria o caminho a uma difusão na África (principalmente por meio do Unicef e do programa humanitário Gavi Alliance). O grupo farmacêutico afirma que terá margem de apenas 5%.

A malária é provocada por um parasita, Plasmodium, transmitido pelos mosquitos e que provoca febre, dores de cabeça e vômitos. A falta de tratamento pode provocar rapidamente a morte por problemas circulatórios.

Fonte: Exame

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Novo Nordisk investe até US$3,7 bi em remédio para diabetes

Comprimidos serão destinados a substituir as tradicionais injeções de insulina

Novo Nordisk

A Novo Nordisk planeja investir até 20 bilhões de coroas dinamarquesas (3,65 bilhões de dólares) no desenvolvimento de comprimidos para diabetes destinados a substituir as tradicionais injeções de insulina, disse a companhia nesta segunda-feira.

A empresa dinamarquesa informou que planeja gastar o dinheiro até 2020 no desenvolvimento de seis tipos de comprimidos, acrescentando que a soma inclui potenciais fábricas.

A Novo Nordisk estima que o mercado global de comprimidos para diabetes pode valer mais de 100 bilhões de coroas dinamarquesas por ano a partir do início da próxima década, disse um porta-voz, confirmando uma reportagem do jornal dinamarquês Borsen.

No tratamento convencional, a insulina tem de ser injetada na corrente sanguínea, o que assusta muitos potenciais usuários com estágios iniciais de diabetes.

O desafio para a tecnologia de comprimido é fazer a insulina passar pelo ácido gástrico e chegar até a corrente sanguínea.

A Novo Nordisk tem cerca de 500 funcionários que trabalham no desenvolvimento dos comprimidos, afirmou o porta-voz.

A companhia vai gastar cerca de 1 bilhão de coroas nos projetos neste ano, com o investimento crescendo para um possível lançamento de produtos no início da próxima década.

Fonte: Exame