quarta-feira, 21 de março de 2012

Reajuste dos remédios ameaça acordo coletivo

Medicamentos vendidos no Brasil terão reajuste de -0,25% a 5,85%, segundo resolução publicada ontem no Diário Oficial. A variação leva em conta o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado entre março de 2011 e fevereiro de 2012 e a competitividade de cada remédio no mercado, avaliada pelo nível de participação de genéricos nas vendas. As alterações deverão ser feitas até o dia 31 de março e terão de ser mantidos até março de 2013.

O Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma) critica o reajuste negativo de 0.25% que, segundo a entidade, atingirá 48% dos medicamentos disponíveis. "Como as margens do setor estão se reduzindo ano a ano, graças a um reajuste de preços abaixo do reajuste de custos, nos preocupa como serão afetados investimentos e lançamentos de novos produtos", diz o vice-presidente do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Segundo ele, frete, eletricidade, embalagens, insumos e armazenagem pressionam os resultados do setor. Além disso, na atual negociação da convenção coletiva de trabalho, as centrais sindicais estão reivindicando aumento real de 5% a 6%. "De 2006 a 2011 os salários subiram 43%, contra um reajuste médio de 26% dos medicamentos. Diante do reajuste nega negativo para 48% dos medicamentos, a indústria não terá condição de arcar com os custos da convenção coletiva", avalia.

Fonte: Sindusfarma

Nenhum comentário:

Postar um comentário