domingo, 23 de novembro de 2008

Dicas básicas para seleção de pessoal

Arnaldo Pedace

O profissional deve buscar um equilíbrio emocional que o possibilite enfrentar situações adversas e de conflito.

Imagem%2003 De todos os instrumentos utilizados em um processo de recrutamento, considero a entrevista de seleção a ferramenta mais importante. Por meio dela é possível identificar se o candidato possui ou não o perfil adequado ao cargo e à cultura da organização.
A entrevista pessoal é uma das técnicas mais eficazes em um processo seletivo. No entanto, ela não é tão simples como parece ser, ou seja, não basta simplesmente seguir um roteiro de perguntas predeterminadas. É preciso ir além e ter a sensibilidade para captar o que não foi dito; é preciso sentir o que o candidato provoca no selecionador. É claro que não é possível avaliá-lo única e exclusivamente pela impressão causada, mas, sem dúvida, a primeira impressão é fundamental em todo o contexto da avaliação. É por meio do contato com o candidato que o selecionador poderá “sentir” se ele está ou não compatível com o perfil exigido para o cargo em questão. Esse contato é insubstituível.
É comum em um processo seletivo optar por mais de uma entrevista para se conhecer o candidato mais detalhadamente. Vale dizer que a entrevista pessoal pode ser feita em grupo ou individualmente. A entrevista em grupo é viável para se analisar a habilidade nas relações interpessoais, ou seja, como o candidato lida com a situação de ter de falar diante de outras pessoas, além de permitir uma avaliação de um maior número de candidatos em menor tempo.
Alguns selecionadores optam por entrevistas fora do ambiente convencional, na tentativa de elucidar critérios mais subjetivos da personalidade, os quais seriam mais difíceis de serem percebidos em uma situação mais formal. Acredita-se que um ambiente informal, como em um almoço, facilita a elucidação de traços de personalidade que poderiam ser mais facilmente encobertos diante de uma situação de maior pressão ou formalidade.
Hoje, não basta somente conhecimento técnico. É também preciso, entre outras competências, saber trabalhar em equipe, ter flexibilidade e ter participação efetiva na busca de resultados, agindo criativamente e inovando processos e métodos organizacionais.
É evidente que somente a capacidade de resolver questões lógicas não é sufi ciente para garantir a sua empregabilidade. O profissional deve buscar um equilíbrio emocional que o possibilite enfrentar situações adversas e de conflito, de forma estável e consciente.
Sabemos também que o processo de interação grupal não é tão fácil, pois exige das pessoas transformações comportamentais e que, por muitas vezes, vai contradizer sua cultura, educação familiar e mesmo sua personalidade.
O ser humano é competitivo e está acostumado a trabalhar individualmente. Muitas empresas premiam essas características, embora seja possível perceber que muitas estão valorizando também os resultados obtidos pelos grupos da organização.
Sempre devemos considerar a cultura da organização e quais as características necessárias para aquele cargo na referida organização. Nos processos seletivos têm sido exigidas das pessoas as seguintes características e comportamentos:

  • Espírito de equipe;
  • Liderança;
  • Ambição;
  • Facilidade de comunicação;
  • Facilidade de lidar com pressões externas;
  • Criatividade e inovação;
  • Equilíbrio emocional;
  • Capacidade de agregar para a organização.


Seguem abaixo algumas dicas de perguntas básicas que o entrevistador poderá utilizar:
- Fale-me sobre seu maior sucesso profissional.
- Mencione seu traço de personalidade mais marcante.
- Quais os principais resultados obtidos em sua carreira?
- Quais são suas ambições para o futuro?
- O que você sabe sobre nossa empresa?
- Por que você está procurando um cargo em nossa empresa?
- Quais qualificações você tem que o fariam ser bem-sucedido na empresa?
- O que é mais importante para você no trabalho?

Fonte: Grupemef - Arnaldo Pedace é Gerente de Relações Sindicais e Trabalhistas do Sindusfarma – Sindicato da Indústria Farmacêutica do Estado de São Paulo.

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