terça-feira, 27 de janeiro de 2009

IND.FARMACÊUTICA: Pfizer torna-se a maior biofarmacêutica

A Pfizer e a Wyeth anunciaram hoje um acordo em que a Pfizer adquire o laboratório Wyeth em uma transação de aproximadamente US$ 68 bilhões. "A combinação da Pfizer e Wyeth é uma oportunidade de transformar nossa indústria, que resultará na maior companhia biofarmacêutica do mundo", declara Jeffrey Kindler, CEO da Pfizer.

"A nova companhia será líder em saúde humana, animal e produtos de consumo. No mundo todo, ofereceremos aos pacientes um portfólio extremamente diversificado e inovador", destaca.

De acordo com o comunicado da empresa, a aquisição da Wyeth traz grandes avanços em prioridades que a Pfizer tem buscado nos últimos anos, como aumentar o portfólio de produtos de linha e pipeline. A Pfizer poderá ainda destacar-se no mercado de bioterapêuticos e vacinas; promover o crescimento em mercados emergentes; criar novas oportunidades para produtos maduros; além de investir em negócios complementares.

A combinação das duas companhias oferecerá produtos para cada fase da vida, com produtos inovadores em diversas áreas terapêuticas, como: cardiovascular, oncologia, saúde da mulher, sistema nervoso central, doenças infecciosas em uma linha que inclui 17 produtos com mais de US$ 1 bilhão cada em receitas anuais.

A Pfizer torna-se a segunda maior provedora de tratamentos complexos, incluindo: o líder mundial de Enbrel (medicamento biológico para psoríase e doenças reumáticas); Prevenar (para doenças pneumocócicas em bebês e crianças), a vacina mais vendida no mundo; Sutent para o tratamento de câncer de rim e GIST; Geodon para esquizofrenia; e o antibiótico Zyvox para infecções.

A companhia explica ainda que a transação faz da Pfizer líder mundial em saúde animal, que une a sua linha de produtos para bovinos, suínos, aves e animais de companhia ao portfólio da Fort Dodge - uma das divisões da Wyeth.

Além disso, a nova companhia será a maior investidora em pesquisa e desenvolvimento do mundo, nas principais plataformas científicas como vacinas, pequenas e grandes moléculas, produtos de consumo (OTC) e nutrição.

A aquisição também resulta em um forte pipeline de biofarmacêuticos, incluindo programas em diabetes, inflamação e imunização, oncologia e dor. Há ainda significativas oportunidades no pipeline da Wyeth em doença de Alzheimer - que possui vários compostos em desenvolvimento, assim como o bapineuzumab.

A companhia resultante da aquisição trabalhará em unidades de negócios. Cada uma delas supervisionará o produto desde o desenvolvimento e estudos clínicos até a comercialização, operando de forma individualizada. Esse formato agilizará tomadas de decisão e potencializará o uso de recursos, aumentando a capacidade de investir em oportunidades de longo prazo. Com a negociação, haverá também o aumento da qualidade e capacidade de produção, incluindo a fábrica da Wyeth em Grange Castle, na Irlanda, a maior produção integrada de biotecnológicos no mundo.

Geograficamente, a combinação da Pfizer e Wyeth acentuará a presença da nova empresa em importantes regiões. De acordo com dados do IMS Health, a nova companhia será líder em receitas de biofarmacêuticos nos Estados Unidos, com aproximadamente 12% de market share; na Europa terá 10% desse mercado; aproximadamente 7% do mercado asiático; 6% no Japão e também 6% no mercado latinoamericano.

A presença será significativa em mercados emergentes com grande crescimento, como América Latina, Oriente Médio e China - onde a Wyeth tem atuação marcante com produtos nutricionais infantis, enquanto a Pfizer é reconhecida como líder em farmacêuticos.

Fonte:Redação - InvestNews

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